Com a chegada do período de chuvas e o aumento das temperaturas, cresce o alerta para o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande por meio dos agentes da Vigilância Epidemiológica, tem intensificado as ações de enfrentamento às arboviroses em todos os bairros do Município.
As equipes da Vigilância Epidemiológica realizam trabalho contínuo de casa em casa, verificando quintais, eliminando possíveis criadouros e orientando os moradores sobre os cuidados necessários. Nos locais onde há identificação de larvas, é aplicado o produto larvicida que impede o desenvolvimento do mosquito.
Além das atividades de campo, os agentes de endemias utilizam a ferramenta IEC — Informação, Educação e Comunicação — promovendo palestras e ações educativas em escolas, unidades de saúde e comunidades, para conscientizar a população sobre a importância da prevenção.
De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa), instrumento utilizado para dimensionar o índice de infestação do mosquito, algumas regiões do Município apresentam maior risco de transmissão como Princesa do Sol, Vitória Régia, Marajoara e Carlos Gomes. Com base nesses dados, que são apresentados, o trabalho de eliminação de criadouros e tratamento das áreas é intensificado.
Outra frente importante de atuação é o bloqueio químico realizado nos chamados Pontos Estratégicos — locais considerados potenciais criadouros do mosquito, como ferros-velhos, borracharias, sucatões e oficinas mecânicas. Nesses ambientes, a aplicação do inseticida é feita de forma mais concentrada, para evitar a proliferação do vetor.
De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), Mato Grosso registrou mais de 139 mil casos prováveis de dengue nas primeiras semanas de 2025. O número representa um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano anterior, colocando o estado entre os que mais preocupam na região Centro-Oeste.
A secretária municipal de Saúde, Deisi Bocalon, destaca que o trabalho de prevenção precisa ser contínuo e contar com a colaboração da população. “O poder público tem feito sua parte com as ações de campo, bloqueios e orientações, mas é fundamental que cada morador faça a sua, eliminando os criadouros dentro de casa. Pequenas atitudes fazem uma grande diferença para evitar o avanço da doença”, enfatizou.


