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Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025, 16h:10 - A | A

SAÚDE

Médico do HUJM explica a prevenção das arritmias cardíacas e morte súbita

Nesta quarta-feira (12/11) é comemorado o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita

Da Assessoria

O coração humano pulsa em ritmo próprio, como um maestro regendo o compasso da vida. Mas quando esse ritmo se descompassa, o resultado pode ser grave e, muitas vezes, fatal. Para alertar a população sobre os riscos das arritmias cardíacas e a importância da prevenção, o Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh) e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso se unem à Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) na campanha nacional “Coração na Batida Certa”, realizada neste 12 de novembro (Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita).

Com o slogan “Não deixe o seu coração sair do ritmo”, a iniciativa visa divulgar informações sobre sintomas, causas e formas de identificação das arritmias cardíacas, distúrbios que afetam uma em cada quatro pessoas ao longo da vida e são responsáveis por cerca de 300 mil mortes súbitas por ano no Brasil.

De acordo com o cardiologista do HUJM Júlio César de Oliveira, o desafio é transformar informação em prevenção. “Quando o coração perde seu ritmo natural, temos uma arritmia. Algumas são leves, mas outras podem evoluir para situações graves, como a fibrilação atrial, que aumenta o risco de morte súbita. Nosso papel como médicos e educadores é justamente conscientizar a população para reconhecer sinais de alerta e buscar atendimento precoce”, explica.

Importante ressaltar que a população precisa reconhecer os sintomas, que palpitações, tonturas ou desmaios podem ser sinais de arritmia, e que é preciso procurar um cardiologista para intervir antes que o pior aconteça.

As arritmias são distúrbios no ritmo do coração, que podem fazer com que ele bata mais rápido, mais devagar ou de maneira irregular. Esse descompasso é provocado por alterações nos impulsos elétricos cardíacos, e as causas podem variar desde fatores hereditários e uso de certos medicamentos até estresse e outras condições de saúde. Embora algumas arritmias não representem grandes riscos, outras podem trazer complicações graves e, sem tratamento adequado, até mesmo levar à morte súbita.  

Morte súbita

A morte súbita cardíaca ocorre quando há uma parada cardíaca repentina, afetando tanto pacientes com doenças cardíacas conhecidas quanto pessoas que nunca apresentaram sintomas. Esse evento fatal, muitas vezes sem sinais prévios, é responsável por aproximadamente 50% dos óbitos por causas cardiovasculares. A janela de tempo entre o início dos sintomas e a perda de consciência é geralmente de até uma hora, o que torna a intervenção rápida e o reconhecimento dos fatores de risco essenciais para evitar um desfecho negativo.

Os sintomas mais comuns das arritmias cardíacas são palpitações, escurecimento da vista, tonturas, desmaios, palidez, sudorese, mal-estar, dores no peito e falta de ar. Muitos pacientes não têm sintomas e a descoberta da arritmia é acidental, sendo que a morte súbita pode ser a primeira e a única manifestação.

No caso de atividades físicas, os exercícios físicos são benéficos, mas fica o alerta para os riscos dos treinos de alta intensidade sem acompanhamento, pois algumas arritmias mais graves associadas a doenças cardíacas podem ser precipitadas pelo esforço físico. Por isso, antes de praticar ou começar a treinar alguma atividade competitiva ou que leve o seu corpo ao limite, é importante consultar o médico cardiologista. A avaliação cardiológica completa é indicada.

A data de 12 de novembro foi oficializada em 2010 como o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, consolidando o compromisso da comunidade médica e científica com o enfrentamento de uma das principais causas de morte no país.

Para o HUJM-UFMT, o dia hoje é para reafirmar o papel social e educativo das instituições públicas de saúde e ensino. “Mais do que tratar, queremos ensinar a prevenir. O conhecimento é uma ferramenta poderosa na promoção da saúde e na redução das mortes evitáveis”, enfatiza o Dr Júlio César.  

Rede Ebserh

O HUJM-UFMT faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde setembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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