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Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 09h:36 - A | A

CRISE POLÍTICA

Presidente da Coreia do Sul revoga lei marcial após pressão política

O país enfrentou protestos e confrontos com a polícia, enquanto os manifestantes tentavam invadir o Parlamento. O episódio é considerado um dos maiores desafios à democracia da Coreia do Sul em décadas.

Da Redação

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, revogou a lei marcial que havia imposto em uma decisão polêmica num pronunciamento surpresa, após a pressão do Parlamento e dos manifestantes. A medida, que foi anunciada na manhã de terça-feira (03), foi rapidamente derrubada pelo Parlamento, que votou de forma unânime contra a ação do presidente.

A lei marcial foi imposta por Yoon com o argumento de que seria necessária para "limpar elementos pró-Coreia do Norte" do país. Como parte da medida, militares e policiais foram enviados à Assembleia Nacional e confrontaram manifestantes contrários à decisão. Autoridades também tentaram prender líderes da oposição, incluindo o líder do Partido Democrata, Lee Jae-Myung, e o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik.

Após o veto do Parlamento, que contou com 190 votos favoráveis dos 300 membros da casa, Yoon recuou e decidiu revogar a medida em uma reunião com seu gabinete. As Forças Armadas também dissolveram o comando que coordenava a aplicação da lei marcial.

A decisão do presidente gerou um grande conflito político no país, especialmente após a derrota de Yoon nas eleições de abril, e foi vista como um grande desafio para a democracia sul-coreana, que se consolidou após anos de ditadura. A medida foi defendida por Yoon como uma forma de proteger o país contra ameaças comunistas da Coreia do Norte e "eliminar elementos antiestado", mas foi amplamente criticada por políticos de todas as partes.

O país enfrentou protestos e confrontos com a polícia, enquanto os manifestantes tentavam invadir o Parlamento. O episódio é considerado um dos maiores desafios à democracia da Coreia do Sul em décadas.

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