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Quinta-feira, 13 de Março de 2025, 13h:28 - A | A

CAIU NUMA CILADA

Adolescente grávida foi brutalmente estrangulada e morta por casal afirma delegado

Delegado afirmou que foram encontrado facas no local, o que levanta suspeita de ter sido usado para retirar o bebê na barriga de Emilly

Josemar Macena

O delegado da Polícia Civil, Caio Albuquerque, concedeu uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13), no local onde o corpo da adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, foi encontrado enterrado no quintal de uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. A jovem, grávida de nove meses, estava desaparecida desde a quarta-feira (12).
Segundo o delegado, a brutalidade do crime não foi cometida por apenas duas pessoas, mas sim com o envolvimento de outras, incluindo membros da mesma família. Durante a perícia, facas foram encontradas dentro da residência, indicando o uso de violência extrema.
“Temos duas linhas principais de investigação: tráfico de crianças e sequestro. Não se trata de um crime cometido de forma isolada, mas sim com participação de outras pessoas que, de alguma forma, estavam envolvidas nesse ato cruel”, afirmou Caio Albuquerque.
Além disso, imagens de câmeras de segurança próximas ao local mostram a chegada da vítima e indicam que Emilly não morreu imediatamente. “Foram vistos nas câmeras de segurança a jovem descendo tranquilamente, na verdade ela caiu numa cilada né. Houve um intervalo da chegada da jovem até que o crime fosse consumado, o que demonstra premeditação e uma sequência de ações que visavam a realização desse crime hediondo”, destacou o delegado.
Um dos pontos mais chocantes revelados pela investigação foi o fato de que a criança foi retirada da barriga da adolescente após ela ser morta por enforcamento. Os envolvidos nesse crime bárbaro, irão responder por ocultação de cadáver, homicídio, tentativa de fraude processual em cartório, tráfico de crianças e pessoas.
O caso começou a ser desvendado quando a suspeita chegou ao Hospital e Maternidade Santa Helena, na noite de quarta-feira, com um bebê recém-nascido. Ela alegou que havia dado à luz em casa, mas os exames médicos apontaram que ela não estava grávida e havia passado por uma gestação muito recente, de apenas uma a duas semanas. A falta de produção de leite materno reforçou as suspeitas, levando a polícia a detê-la para investigação.
O delegado Caio Albuquerque garantiu que a polícia continuará trabalhando para identificar todos os envolvidos e esclarecer completamente os fatos. “Estamos diante de um crime bárbaro que choca pela crueldade. Nossa prioridade é fazer justiça e garantir que todos os responsáveis sejam punidos”, concluiu.
A criança retirada do ventre da jovem permanece internada para receber cuidados médicos enquanto as investigações prosseguem.

VEJA ENTREVISTA COM DELEGADO:



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