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Terça-feira, 17 de Dezembro de 2024, 11h:13 - A | A

ASSEDIADOR

CRM aciona Tribunal de Ética para apurar denúncia de assédio contra médico que pediu beijo para paciente

Ruy de Souza Gonçalves foi flagrado assediando uma paciente durante uma consulta na UPA Pascoal Ramos na segunda-feira

Da Redação

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informou que encaminhou para o Tribunal de Ética da entidade a denúncia de assédio sexual envolvendo o médico Ruy de Souza Gonçalves, de 67 anos, contra uma paciente de 32.

Por meio de nota, o CRM-MT afirmou que, após tomar conhecimento do caso, iniciou os trâmites legais para apurar as acusações e adotar as medidas necessárias.

O profissional foi preso na manhã de segunda-feira (16) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pascoal Ramos, em Cuiabá. Em uma gravação divulgada nas redes sociais, é possível ouvir o momento em que o médico pede repetidamente para que a vítima o beije durante o atendimento médico. "Agora me dá um beijinho", diz ele no áudio. A paciente nega.

“O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) foi acionado com base nas notícias veiculadas na imprensa, e o caso em questão foi enviado ao Tribunal de Ética para apuração”, informou o CRM por meio de nota.

O conselho ressaltou que, devido à gravidade das denúncias, não pode fornecer detalhes sobre o andamento do processo. “É importante frisar que o CRM-MT não fornece informações sobre qualquer procedimento administrativo em trâmite, assegurando o sigilo previsto em lei”, diz outro trecho da nota.

O CASO
A vítima gravou um áudio do momento em que foi assediada pelo médico durante uma consulta. Na gravação, o médico pede um hemograma completo, dá um atestado à paciente e, em seguida, pede um beijo à mulher. “Agora me dá um beijinho”, diz ele.

Embora a vítima fale claramente por diversas vezes a palavra “não”, ele insiste: “Dá sim, dá sim”. Pelo áudio é possível ouvir um barulho semelhante a um beijo.

Conforme a vítima, o médico lhe beijou à força. Após o ocorrido, ela fez uma denúncia diretamente à coordenadora da unidade, que acionou a Polícia Militar.

Na tarde de ontem, o médico passou por audiência de custódia. No entanto, o teor da decisão não foi divulgado à imprensa já que o caso está correndo em segredo de justiça.

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