Advogadas de defesa de Rozeli da Costa Sousa Nunes protocolaram nessa segunda-feira (15) requerimento de desistência do processo que a personal trainer movia contra o policial militar Raylton Duarte Mourão, em ação no valor de R$ 24.654,63 por reparação de danos materiais e morais acidente de trânsito. A audiência de conciliação estava marcada para esta terça-feira (16) às 13h40, contudo, as defensoras informaram o falecimento da cliente. O PM teve prisão decretada e está foragido por suposto envolvimento na morte dela. A esposa dele também está foragida.
“As patronas da ROZELI DA COSTA SOUSA NUNES, informam o falecimento da autora, conforme certidão de óbito que ora requerem a juntada. Outrossim, informam também que os herdeiros requerem a DESISTÊNCIA DO PROCESSO SUPRA. Nestes termos, pede e espera deferimento”, diz trecho do documento encaminhado ao 1º Juizado Especial de Várzea Grande.
Raylton e sua esposa, Aline Valandro Kounz, são sócios da empresa Reizinho Água Potável. A ação visava reparação de danos causados por um acidente envolvendo caminhão-pipa da empresa. Conforme os autos, em 20 de março deste ano, por volta das 17h20, Rozeli trafegava com seu Renault Sandero Stepway, pela Avenida Filinto Muller, sentido centro, em Várzea Grande, quando foi surpreendida pela manobra do caminhão pipa, que adentrou repentinamente na via preferencial sem sinalização, de modo que Rozeli freou bruscamente para evitar uma batida frontal.
Contudo, o veículo foi atingido na parte traseira por uma motocicleta Honda Fan pilotada por um homem que dirigia sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O carro teve danos materiais no porta malas, lanternas e estrutura de sustentação interna. Os prejuízos materiais foram estimados entre R$ 6.800,00 a R$ 9.654,63, conforme orçamentos.
“Apesar das tentativas extrajudiciais de composição amigável, nenhum dos envolvidos se dispôs a arcar com os danos causados, sendo a autora forçada a buscar o amparo judicial para a devida reparação dos prejuízos sofridos”, diz trecho.
Após discorrer sobre danos materiais, abalo moral e a frustração por não obter acordo extrajudicial, a defesa requereu valor a causa em R$ 24.654,63
“O veículo que ingressou de forma abrupta na via preferencial e deu causa a colisão entre os demais envolvidos integra o patrimônio operacional da empresa requerida, utilizado claramente para fins comerciais. Não se trata de conduta alheia ao escopo empresarial, mas sim do uso do veículo em atividade fim da empresa, atraindo a responsabilização direta da pessoa jurídica pelos danos causados por seus prepostos e representantes legais [...]”, diz trecho.
Agora as advogadas requerem encerramento do processo.
Conforme noticiou, ainda na segunda-feira (14) a Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias do policial militar e da esposa, investigados no assassinato da personal Rozeli da Costa Souza Nunes, 33, na manhã de quinta-feira (11), em Várzea Grande. A vítima foi executada a tiros dentro de seu carro por dois homens em uma moto, quando saía de casa para trabalhar.
No sábado (13), investigadores da Delegacia de Homicídios (DHPP) cumpriram busca e apreensão na casa do casal, que já não estavam mais na residência. Foram apreendidos na casa eletrônicos, munições e um capacete semelhante ao que aparece na cabeça do suspeito que pilotava a moto.
O casal é considerado foragido, já que ambos não retornaram mais para a casa e não compareceram no trabalho. Com base nas provas encontradas no local, bem como o fato do casal ter fugido, a DHPP pediu a prisão dos dois à Justiça.