Ainda dentro do embate ao governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), o deputado federal por São Paulo, Eduardo Bolsonaro (PL), endureceu o discurso contra o chefe do Executivo Matogrossense e afirmou que o mesmo não possui coragem, nem firmeza, para ocupar uma cadeira no Senado Federal, caso seja eleito no próximo ano. Para Eduardo, o recente comportamento do governador provou que os interesses que serão defendidos por Mauro enquanto senador está aquém do esperado pelo campo bolsonarista como o enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) e luta pela anistia aos condenados do 8 de janeiro.
Em entrevista à Jovem Pan News, nesta quinta-feira (13), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que perrmitir que Mauro Mendes se apresente como representante dos valores da direita seria um erro que pode custar mais oito anos de “enganação” ao eleitor conservador. Para ele, Mendes se apropria do voto bolsonarista sem ter histórico de enfrentamento real. Ele afirma que, se o governador já demonstra falta de firmeza no cargo atual, será ainda menos combativo no Senado.
“Se eu permitir que Mauro Mendes seja candidato ao Senado e leve o voto bolsonarista, nós vamos perder mais oito anos sendo enganados. Porque eu duvido que ele, que enquanto é governador, tenha esse discurso e não vá para um embate ou um posicionamento firme, que ele será capaz de fazê-lo quando virar senador", disparou.O deputado reforça que o Senado é o espaço central da disputa política da direita, por ser a única instituição capaz de frear o que ele chama de “ditadores de toga”, referindo-se aos ministros do Supremo. Segundo ele, é preciso eleger nomes “corajosos e dispostos ao enfrentamento”, algo que Mendes não demonstra.
Eduardo também rebateu a declaração de Mendes de que ele seria “camisa 10 do Lula”, durante uma entrevista em Belém, no Pará, chamando isso de ataque gratuito e injustificável: “Não posso ser considerado aliado do Lula quando sequer posso voltar ao meu país sem risco de prisão. Sou perseguido, não camisa 10 do Lula. Isso é narrativa barata.”
Eduardo concluiu dizendo que não divide o movimento da direita e apenas expõe os fatos para que “o eleitorado faça o julgamento final”.



