O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), afirmou hoje (26) que não viu qualquer tentativa de golpe sendo praticada por generais ou integrantes das Forças Armadas durante os atos de 8 de janeiro. A declaração foi dada ao comentar as recentes condenações impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a manutenção da prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro e também dos generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, que são ex-ministros.
“Eu, como cidadão e até mesmo como governador, não vi nenhum golpe sendo praticado no país [...] Eu não vi aquelas pessoas lá, generais praticando nenhum golpe, não vi nenhum tiro, não vi tanque na rua, não vi nenhum ato concreto. Pensar algo errado é crime? Alguém já foi condenado por isso no Brasil?”, questionou.
As falas ocorrem em meio ao endurecimento das decisões judiciais relacionadas aos atos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 2023.
Apesar de reconhecer que houve crime, Mendes discordou da severidade das punições.
“No dia 8 de janeiro, eu vi milhares de brasileiros revoltados, indignados, que cometeram crimes sim, porque vandalismo é crime, invadir patrimônio e depredar é crime, e mereciam uma pena. Mas discordo que seja 14, 16 anos.”, disse.
O governador também lamentou a crise institucional e o impacto político das decisões judiciais.
“Eu lamento que o Brasil, mais uma vez, viva esse capítulo de prisão de um presidente. Lamento profundamente que crises institucionais e políticas têm dominado grande parte da atenção dos atores que deveriam estar mais preocupados com o país e com os problemas reais que afligem o cidadão.”, afirmou.
Mendes disse ainda que o episódio representa “mais um capítulo ruim da história política do nosso país”.





