A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu uma disputa interna na direita e exige reorganização, afirma Mauro Mendes (União Brasil), governador de Mato Grosso, no Mercado Aberto, do Canal UOL.
Ele, que já criticou abertamente Eduardo Bolsonaro, afirmou que o momento exige união, e disse reprovar que o deputado federal do PL fique trocando farpas com nomes da direita, morando nos EUA.
"Se você está numa trincheira de batalha, tem um inimigo do outro lado, e você começa a trocar tiro dentro da trincheira, isso é muito ruim. Então, eu fiz uma crítica ao Eduardo Bolsonaro, que eu não conheço pessoalmente. Mas eu vi ele um dia criticando o Tarcísio. Eu saí em defesa do Tarcísio, como sairia em defesa de qualquer um que eu acredito que tem boas qualidades. Não é muito adequado ele ficar lá nos Estados Unidos, ataca um, bate boca com o Nikolas [Ferreira], bate boca com o Tarcísio, bate boca com alguns deputados. Ninguém pode negar a qualquer cidadão, seja aqui no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, o direito de falar e de se expressar. Mas se nós temos um objetivo comum, a gente precisa unir as nossas forças e não ficar trocando farpas e alguns tipos de diálogos que não são construtivos para a direita nesse momento", disse.
O governador destaca que, com o afastamento de Bolsonaro, a direita precisa reorganizar suas forças para 2026.
"E os governadores, nós temos feito diálogo, é bom que nesse campo tenha grandes líderes, que tenham grandes pessoas, que tem serviços relevantes para o Estado, como o governador de São Paulo, o governador Ratinho, o Tarcísio em São Paulo, o Ratinho no Paraná, o Zema em Minas, o Caiado em Goiás e tantos outros. Citei quatro e [temos] tantos outros líderes no Congresso Nacional. Eles haverão de fazer diálogo agora e criar uma estratégia. Não só para o processo eleitoral de 26, mas para uma estratégia para enfrentar os problemas do país, porque é isso que verdadeiramente importa", afirmou Mauro Mendes.
Sobre nomes para 2026, Mendes diz que experiência administrativa é essencial e aponta os governadores como opções mais aptas.
"Eu considero que os quatro governadores, pela experiência administrativa, por experiência com gestão... Precisamos de alguém que tenha coragem e competência para enfrentar isso. Eu acho que os quatro governadores que se apresentaram até agora como possíveis candidatos, na minha opinião, têm as melhores condições de fazer", completou.





