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Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025, 14h:58 - A | A

Queda drástica em focos de calor

Redução de incêndios é atribuído a mais chuva e temperatura

DA REDAÇÃO

O mês de agosto terminou com drástica redução nos números de focos de calor em Mato Grosso, em comparação aos primeiros 6 meses de 2024. A exemplo disso, até agosto, apenas 27 incêndios foram registrados no Pantanal, região gravemente afetada pelas queimadas nos últimos anos.

Segundo informações do portal de Inteligência Artificial, do Instituto Centro de Vida, entre janeiro a agosto de 2024, foram identificados um total de 25.887 focos, sendo 14.244 na Amazônia, 9.245 no Cerrado e 2.398 no Pantanal. Já no mesmo período de 2025, houve 6.878 focos de calor, 4.489 na Amazônia, 2.362, no Cerrado e apenas 27 no Pantanal. 

Em agosto, um dos meses mais críticos em relação a incêndio em Mato Grosso, foi possível perceber uma diminuição de 14.617 focos, em 2024, para o total de 2.322 em 2025.

Já em relação à área desmatada, em 2024 foram 53.176 Km² em todos os biomas, enquanto nos primeiros 6 meses de 2025, a área desmatada foi de 8.595 Km².

Conforme explicou o coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, a redução se deu por conta das condições climáticas favoráveis nesse ano, com temperaturas mais amenas e maior volume de chuvas, o que ajudou a umidificar o solo e a vegetação.

“Aliado a isso, o aumento da fiscalização e reforço das políticas de combate ao desmatamento surtiram efeito nas queimadas, que são frequentemente usadas após o corte da vegetação nativa. Para setembro, mês com umidade do ar muito baixa, vegetação seca e ventos fortes, é fundamental manter o estado de alerta e monitoramento frente ao início de eventos de fogo” disse o especialista.

Cerca de 59% dos incêndios foram registrados após o início da proibição do uso do fogo nos biomas. No Pantanal, o período proibitivo começou em 1 de junho. Já no Cerrado e na Amazônia o veto foi a partir de 1 de julho.

Colniza, no noroeste de Mato Grosso, foi o município mais devastado (68,5 mil hectares), seguido por Campinápolis (50,2 mil), Paranatinga (40,5 mil), Nova Nazaré (39,8 mil), Tangará da Serra (35 mil) e Nova Maringá (31,7 mil). Juntos, os 6 municípios representam mais de 30% da área queimada no estado até a data analisada.

Amazônia Legal

Na Amazônia Legal, composta pelos estados de Tocantins, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre Amapá, 4,2 milhões de hectares foram atingidos pelo fogo até 31 de agosto desse ano. No mesmo período, em 2024, o número chegou aos 11,6 milhões, o que representa uma redução de 64% em 2025.

Tocantins (1 milhão de hectares), Mato Grosso (859,5 mil hectares) e Maranhão (746,6 mil hectares) representam juntos mais de 63% de área atingida pelo fogo.

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