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Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 12h:05 - A | A

PUBLICOU CARTA

Após decisão de intervenção judicial, Aron Dresch se despede da FMF pela rede social

Da Redação

Poucas horas depois da decisão da Justiça em nomear um interventor provisório para tocar a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), com o fim do mandato de Aron Dresch, o empresário publicou uma 'carta aberta' nas redes sociais se despedindo da associação. Veja a nota ao fim da matéria.

No comunicado escrito por Dresch, ele pontua que sua despedida é 'temporária', porque ainda deseja disputar a eleição na federação, e destaca algumas medidas conquistadas ao longo da gestão, que, segundo ele, foram construídas "juntos" com os clubes.

 

Aron enfatizou que sua saída não se deu por "intervenção, revogação, ou qualquer invalidação" de sua gestão. Ele cita que a Justiça identificou uma lacuna no processo sucessório da Federação, já que não houve eleição.

O ex-presidente ainda ressaltou hierarquia sob decisão da Justiça, afirmando que "quando a Justiça determina, a gente cumpre.

Aron reforça que o foco do futebol deve ser "a bola rolando, os clubes crescendo" e que as eleições precisam acontecer para que o esporte não pare.

 

Eleição suspensa

A eleição para escolher o presidente da federação deveria ocorrer em 3 de maio, mas uma decisão da Justiça suspendeu o processo após denúncias de irregularidades. A suspensão atendeu ao pedido da Federação Para Todos, encabeçada por Dorileo Leal.

Segundo a contestação, a medida buscou garantir transparência e correção no processo eleitoral da FMF. Isso porque, na noite anterior à eleição, uma decisão judicial impediu a participação do clube Campo Novo do Parecis na votação. A agremiação havia declarado apoio à chapa da Dorileo.

Ao mesmo tempo, havia a suspeita de que o clube Juara, que não teria direito legal ao voto, fosse incluído na votação, favorecendo a chapa da situação, liderada pelo atual presidente da FMF e candidato a reeleição, Aron Dresch.

 

Confira o comunicado

"Me despeço — por ora — da Federação.

Mas faço questão de ser claro: não saio por intervenção, revogação, ou qualquer invalidação da minha gestão. Isso é bobagem. Nada disso se sustenta.

O que houve foi apenas o entendimento da Justiça de que há uma lacuna no processo sucessório, vez que não houve eleição. E, diante disso, foi nomeado um administrador provisório. Simples assim.

E quando a Justiça determina, a gente cumpre. Como sempre fizemos: dentro da lei.

Não há juízo algum contra os meus atos. A legitimidade da minha gestão segue intacta. Está tudo certo.

Vamos lembrar que o futebol se faz em campo, nos treinos, no dia a dia.

Que o foco precisa ser a bola rolando, os clubes crescendo.

Que as eleições precisam acontecer porque o futebol não pode parar.

E o que não pode parar também são as conquistas que construímos juntos:

_ Entramos no circuito nacional e internacional dos campeonatos mais importantes

_Recebemos a Copa América, Sul Americana, e tantas outras;

_ Alcançamos um recorde do número de jogos, só em 2024 foram 511, isso nunca tinha nem sido imaginado, inclusive parabéns para os clubes;

– Aumentamos o número de clubes filiados e participantes dos campeonatos, incluindo categorias de base e futebol feminino;

_Investimento nas categorias de base, fundamental pro crescimento disso tudo;

_ Valorizamos as competições regionais, com premiações, recordes, transmissões e maior visibilidade nacional para os nossos atletas.

O que tem que vencer é da vontade dos clubes.

E que continue sendo democrático, exatamente do jeito que trouxemos até aqui, porque qualquer coisa diferente disso é RETROCESSO.

Nós queremos progresso no futebol.

Eu espero que isso não seja uma despedida, mas sim um até breve.

Bem breve – se for da vontade daqueles que suam verdadeiramente pelo nosso futebol.

Até mais.

Aron Dresch".

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