O deputado estadual Julio Campos (União) nega que o seu colega de Parlamento Eduardo Botelho (União) esteja interferindo na eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá e manda um recado para o prefeito eleito Abilio Brunini (PL).
“O deputado Abilio tem que deixar de lado o Legislativo, deixar correr solto, é muito melhor. Qualquer presidente que assumir tem que ter um bom relacionamento com o Executivo”, disparou nesta quarta-feira (6).
Ele admite que alguns parlamentares municipais procuraram Botelho e seu grupo político para tratar do pleito interno, mas nega que haja algum tipo de movimentação externa para interferir nas articulações que estão sendo conduzidas pelos vereadores.
“Não é que está interferindo, há um grupo de parlamentares municipais de Cuiabá que estão desejosos em eleger um determinado vereador, que não é nem do nosso partido, que não fez parte da nossa coligação, mas sim da coligação do Ludio, que é Jefferson Siqueira. E há um grupo de vereadores simpático ao nome do Jefferson e alguns deles são ligados à nossa corrente”, explicou, dizendo que o vereador Jefferson Siqueira (PSD) já possui o apoio de oito parlamentares.
Ele reforça, contudo, que o assunto deve ser debatido apenas no âmbito da Câmara de Cuiabá, sem interferência externa, especialmente do Executivo Municipal.
“Assunto interno do Legislativo tem que ser discutido no Legislativo e não com interferência do Executivo, toda vez que o executivo interfere fica parecendo que a câmara e um puxadinho do Executivo”, disse.
As declarações de Julio são uma espécie de alfinetada em Abilio, que já declarou apoio a candidatura da vereadora eleita Paula Calil (PL) para presidente da Casa de Leis.
A liberal se articula para assumir o comando da Casa de Leis a partir de janeiro do próximo ano e afirma que já conta com o apoio de 12 parlamentares.
Outro grupo de vereadores se articula do outro lado a fim de montar uma chapa de oposição com Jefferson Siqueira como candidato a presidente.
A eleição da Mesa Diretora do Legislativo Cuiabano acontece em 1º de janeiro de 2025, logo após a posse dos vereadores eleitos no pleito deste ano.