O presidente do PL em Cuiabá, Dito Lucas, ventilou a expulsão do vereador Chico 2000 (PL), caso fiquem comprovadas as suspeitas de recebimento de propina da HB20 Construções, apontada no inquérito da Operação Perfídia da Polícia Civil, e de compra de votos da Operação Rescaldo deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (5). Dito Lucas afirmou que Chico pediu a carta de anuência para se desfiliar do PL, porém, não oficializou sua saída. De acordo com o presidente, havendo provas, o PL vai "preconizar a execução do Estatuto".
"Ele já tinha manifestado o desejo de sair, se tiver alguma situação jurídica com ele por algo que fez no mandato, vamos cumprir o que o estatuto preconiza e acionar as devidas sanções", falou Dito Lucas.
Chico está em desvantagem no PL. Além das investigações em andamento, ele é um dos desafetos do prefeito Abilio Brunini (PL), sendo parte da oposição ao bolsonarista na Câmara. O vereador também tem desentendimentos com a presidente do Legislativo, Paula Calil (PL), com quem concorreu pelo comando da Casa.
Para formalizar a expulsão, Dito Lucas terá de acionar o Conselho de Ética do PL, abrindo um procedimento disciplinar contra Chico. A Mesa Diretora do diretório municipal irá analisar a denúncia contra Chico e definir seu futuro político.
Com a expulsão, Chico não corre o risco de perder o mandato pois a legislação eleitoral só imputa essa possibilidade à infelidade partidária.