O governador Mauro Mendes (União) voltou a comentar a repercussão das críticas que fez ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e rebateu a narrativa de que teria “ido para a esquerda” ao confrontar o filho do ex-presidente. Segundo ele, a discussão tomou dimensões exageradas e não tem relação alguma com posicionamento ideológico ou estratégia eleitoral.
“Primeiro: a eleição nem chegou pra mim. Eu nem candidato sou e nunca disse pra ninguém que serei. Eu disse que tenho até abril do ano que vem pra tomar essa decisão. Até lá, pronto. Essa sempre foi minha conversa”, afirmou Mendes, reforçando que ainda não definiu se disputará o Senado em 2026.
Mauro explicou que sua fala sobre Eduardo se limitou a apontar a postura do deputado, que estaria atacando aliados da direita brasileira a partir dos Estados Unidos.
“Eu fiz crítica ao Eduardo Bolsonaro por ele estar atacando várias pessoas na direita no Brasil lá dos Estados Unidos. Ponto. Da minha parte foi isso. E eu não tenho tempo a perder entrando nessas agendas pequenas e pobres. O Brasil tem problemas reais a serem enfrentados. Eu, como governador, tenho problemas reais no dia a dia”, disse.
O governador afirmou que não se envolve em “rame-rame da política”, nem em discussões que, segundo ele, não entregam resultados para a população. “Eu não gosto de perder tempo com conversação fiada, porque isso não entrega nada ao cidadão”.
“Criticou o Eduardo, virou esquerda?”
Mauro também rebateu diretamente a interpretação de que sua crítica ao filho de Bolsonaro seria um sinal de afastamento da direita. “Se for pra criticar o Eduardo Bolsonaro quer dizer que virou esquerda? É isso? Se alguém pensa assim, eu não penso assim.”
Questionado se se arrependeu da fala, Mendes respondeu que não disse nada errado. “A gente tem que se arrepender, até pedir desculpa, quando faz algo errado. Mas o que eu disse, eu não disse nada de errado”.
Sem estratégia eleitoral revelada: “Eu converso menos e trabalho mais”
Sobre a teoria de que teria criticado Eduardo Bolsonaro para se antecipar à falta de apoio da família Bolsonaro em 2026, o governador ironizou: “Na política é engraçado isso. Cada um inventa uma teoria, uma tese. Outros escrevem, outros postam. Vamos nos divertir com essas conjecturas.”
Mauro reforçou que não discute estratégias publicamente, nem no governo, nem em eventual campanha. “Eu nunca antecipo estratégias. No governo, fiz coisas absolutamente disruptivas e ninguém sabia até virarem realidade. Eu trabalho assim. Se eu divulgo minhas estratégias, meus adversários ficam sabendo e se antecipam.”
Ele reiterou que não há definição sobre candidatura presidencial e que muito do que circula não parte dele. “No plano eleitoral, eu não decidi se sou candidato. Não fui eu que disse isso, não fui eu que desmenti aquilo. Eu converso menos e trabalho mais. Ponto. Esse é o Mauro Mendes”, concluiu.
