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Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 08h:33 - A | A

'CASA DOS HORRORES'

Presidente da Câmara admite que imagem do Legislativo fica prejudicada com operação

Ranalli alega que a imagem de toda a classe política está "na lama", mas reconhece que a operação deixa o nome da Câmara para baixo

Da Redação

A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), afirmou que a operação policial afeta a imagem do Legislativo, que mais uma vez se torna alvo de investigação e tem a fama de Casa dos Horrores, que se arrasta ao longo dos anos. Mesmo sendo relacionada à legislatura passada e ligada diretamente a dois vereadores, a parlamentar ressaltou que a situação é prejudicial para todos.

Paula chegou há pouco à sede do parlamento e disse que ainda não tem detalhes sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira (29), que apura um esquema de corrupção.

"Soube que é uma operação do ano passado, não é da gestão atual, mas, claro, é muito ruim para a legislatura atual. [...] É claro que é o CPF dos vereadores, mas afeta a imagem da Câmara. De qualquer maneira, é ruim para todos", afirmou, pouco antes de entrar no prédio acompanhada de um policial.

Os mandados são cumpridos na sede da Câmara e nas residências dos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (MDB). Ao que tudo indica, o esquema estaria ligado à destinação de emendas parlamentares, mas a polícia ainda não divulgou detalhes da investigação. Chico 2000 presidiu a Câmara entre 2023 e 2024.

Apesar do clima tenso, a presidente não garantiu que a sessão desta terça-feira será suspensa. Por outro lado, o vereador Ranalli (PL) defendeu que não houvesse sessão, apesar de reconhecer que isso poderia interferir na votação de projetos encaminhados pelo Executivo, sem, contudo, detalhar quais seriam esses projetos.

Ranalli destacou que o problema da imagem prejudicada não é exclusivo da Câmara de Cuiabá, mas atinge toda a classe política, em razão dos diversos escândalos de corrupção envolvendo agentes públicos. Mesmo assim, ele admite que a operação "mantém o nome da casa para baixo".

Como policial de carreira, Ranalli defendeu a realização da operação e afirmou esperar que os fatos sejam apurados até o fim, embora tenha adiantado que desconhece o teor da investigação e foi surpreendido pela informação repassada pela imprensa.

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