Quatro dias após reunir cerca de 45 mil pessoas em um ato na Avenida Paulista, a oposição ao governo federal atingiu, nesta sexta-feira (11), o número mínimo de 257 assinaturas para acelerar a tramitação do Projeto de Lei da Anistia na Câmara dos Deputados. A proposta visa perdoar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Com o quórum necessário atingido, a oposição, liderada pelo PL e com apoio de nomes de outras siglas, passa agora a pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para pautar a votação de urgência da proposta.
Coordenado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o requerimento contou com apoio de parlamentares de partidos da base do governo, como União Brasil, MDB, PSD e PP. O 257º apoio veio de Paulo Azi (União Brasil-BA), aliado de ACM Neto. Nomes como Reinhold Stephanes (PSD-PR) e Moses Rodrigues (União-CE) também estão entre os signatários.
O avanço da pauta ocorre em meio a uma articulação liderada por Hugo Motta (Republicanos-PB), que se reuniu nesta semana com o ex-presidente Jair Bolsonaro para alinhar a participação da bancada do Republicanos na proposta. Bolsonaro, apesar de filiado ao PL, tem forte influência sobre o Republicanos, incluindo senadores como Hamilton Mourão (RS) e Damares Alves (DF), além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas – todos favoráveis à anistia.
Nos bastidores, há incômodo com a baixa adesão de legendas do Centrão. Até quinta-feira (10), apenas 53% da bancada do Republicanos haviam assinado o requerimento. No União Brasil, esse índice era de 51%, no PP, 58%, e no PSD, 43%. A resistência acendeu alertas entre os aliados de Bolsonaro, que cobraram maior empenho das lideranças partidárias.
Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, tem sido pressionado a apoiar publicamente a pauta, mas demonstrou cautela quanto ao momento político. Diante disso, Bolsonaro intensificou as articulações com lideranças como Hugo Motta para garantir adesão à proposta.
Caso a urgência seja aprovada em plenário, o projeto pode seguir diretamente para votação, sem necessidade de passar pelas comissões temáticas da Câmara. A movimentação reacende o debate sobre o destino dos envolvidos na tentativa de invasão das sedes dos Três Poderes, episódio que marcou o início de 2023 com forte repercussão nacional e internacional.
Se quiser, posso adaptar para outro tom (mais opinativo, mais neutro, mais informal etc.) ou incluir mais detalhes sobre os bastidores, a lista de deputados, ou as reações do governo. Quer ajustar alguma coisa?