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Quarta-feira, 17 de Setembro de 2025, 12h:35 - A | A

DETERMINAÇÃO DA JUSTIÇA

Policial condenado por matar universitária em Cuiabá é expulso da PM quase 9 anos depois

Decisão foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira contra o cabo Edivaldo de Souza, que cometeu o crime motivado por briga de trânsito

DA REDAÇÃO

O cabo da Polícia Militar Edivaldo Junior Rodrigues Marques de Souza foi expulso da corporação quase nove anos depois de matar a universitária Adriele da Silva Munis, que na época tinha 25 anos. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (16).

Edivaldo foi condenado a 18 anos de prisão em junho de 2023 pelo Tribunal do Júri, realizado na Capital, pelo homicídio qualificado da jovem e tentativa de homicídio qualificado contra o namorado dela e mais dois amigos, crimes cometidos em Cuiabá. A Justiça permitiu que ele recorresse da decisão em liberdade.

Mesmo condenado, a Polícia Militar só publicou a demissão do ex-cabo nesta terça-feira (16), após determinação da juíza de Direito Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal, durante nova audiência de custódia realizada no dia 10 de setembro deste ano.

Além da perda do cargo, o comandante-geral da PM, coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, determinou o recolhimento do fardamento e dos apetrechos pertencentes à Fazenda Pública Estadual que ainda estavam sob posse dele.

À época da condenação, a defesa interpôs recurso de apelação, mas, em abril de 2024, a Justiça o rejeitou. A decisão transitou em julgado em 5 de agosto, mantendo a prisão decorrente da sentença condenatória, para que o réu inicie o cumprimento da pena no regime inicialmente fechado.

A juíza determinou o encaminhamento do sentenciado para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães (62 km de Cuiabá), considerando que se trata de um policial militar, e oficializou o Comando Geral da Polícia Militar, informando sobre a prisão definitiva de Edivaldo, inclusive sobre o decreto de perda do cargo, conforme sentença.

O caso

Os crimes ocorreram no dia 18 de dezembro de 2016, por volta das 4h, próximo à Praça Ipiranga, em Cuiabá, e foram motivados por uma briga de trânsito. As investigações revelaram que o motorista, acompanhado de outro rapaz, estava levando a universitária e seu namorado para casa, quando, ao fazer uma ultrapassagem, bateu no retrovisor do veículo conduzido pelo policial militar.

Na sequência, o PM e sua namorada iniciaram uma discussão com os ocupantes do outro carro. Com a intenção de encerrar o conflito, o amigo da estudante acelerou o veículo para sair do local. No entanto, Edivaldo passou a perseguir o carro das vítimas e, em determinado momento, efetuou disparos de arma de fogo que atingiram Adriele, que estava no banco traseiro. Ela chegou a ser levada ao Pronto-Socorro, mas não resistiu aos ferimentos.

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