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Quinta-feira, 10 de Julho de 2025, 19h:23 - A | A

ALFINETOU

Fávaro diz que Trump não se contenta com presidência e quer ser "xerife do mundo"

O ministro da Agricultura classificou sanção de norte-americano como "tirana" e falou que Brasil passará por "momentos difícieis" até situação econômica ser normalizada

Da Redação

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD), disse que o presidente norte-americano, Donald Trump, não se contenta em comandar os Estados Unidos (EUA) e quer ser "xerife do mundo". Em sua primeira manifestação, nesta quinta-feira (10), após a decisão de Trump em taxar os produtos brasileiros em 50%, Fávaro classificou a sanção como "tirana" e previu que o país enfrentará "momentos difíceis" até a normalização da economia. 

"Vem um cidadão e, preciso tratar dessa forma, que não se contenta em ser presidente dos Estados Unidos, ele quer ser xerife do mundo, ele quer ser o delegado do mundo e, pela sua cabeça, pela sua vontade dizer no que cada país tem que agir, de que forma tem que agir, usando das atribuições presidente de Estados Unidos da América, impondo restrições nunca vistas na história", disparou Carlos Fávaro em entrevista à Jovem Pan Cuiabá. 

O ministro fez um contraponto entre os estilos de Trump e do presidente Lula (PT). Fávaro destacou que Trump, um liberal, investe na política protecionista para proteger o mercado interno, mesmo que isso implique em prejudicar outros países; enquanto Lula, progressista e inclinado às causas sociais, tem posição multilareral, tendo visão ampla sobre os negócios, com "menos tarifas para que o comércio internacional cresça".

"Passaremos por momentos difíceis. Torço para que a diplomacia dos dois países avaliem o quanto é importante os 200 anos de amizade dos dois países", falou o ministro. 

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também acompanham Fávaro na "torcida" por uma resolução diplomática e urgente. A Aprosoja MT foi além e, por meio de nota, manifestou preocupação sobre o encarecimento da produção - uma vez que o Brasil importa combustíveis dos EUA, insumo essencial no campo e no transporte dos alimentos -, e o prejuízo dos empresários deve ser repassado aos consumidor final. 

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