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Sábado, 10 de Maio de 2025, 11h:17 - A | A

SÓ CONFRATERNIZAÇÃO

Júlio Campos minimiza encontro com PSD e diz que evento foi 'só um churrasquinho'

Deputado relembra apoio de Fávaro a Jayme em 2014 e nega discussões sobre 2026

Da Redação

O deputado estadual Júlio Campos (União) minimizou nesta quarta-feira (7) sua participação no encontro de lideranças promovido pelo PSD, em Cuiabá, sob a liderança do ministro da Agricultura e pré-candidato à reeleição, senador Carlos Fávaro. Júlio, que esteve no evento ao lado do irmão, o senador Jayme Campos (União), disse que a reunião foi uma confraternização e não teve como pauta a sucessão de 2026.

“Foi só um churrasquinho”, disse Júlio, em entrevista à imprensa, ao comentar a presença de diversos líderes partidários no evento. “O PSD fez uma festa de confraternização entre seus filiados, e todos os partidos foram convidados. O MDB estava presente, o União Brasil, o PP... fomos a convite do ministro Fávaro, que foi nosso aliado apoiou o Jayme ao Senado há oito anos. Então, não há motivo para polêmica.”

Questionado se o encontro pode sinalizar uma aproximação entre os Campos e Fávaro — que hoje faz parte de outro grupo político em Mato Grosso e da base do governo Lula —, o deputado negou qualquer conversa nesse sentido. “Não conversamos politicamente. Claro que mantemos bom diálogo com todos os partidos. O mal da política em Mato Grosso é que certos grupos radicais acham que qualquer reunião significa aliança. Precisamos parar com isso”, pontuou.

Segundo Júlio, o diálogo entre lideranças de partidos diferentes é essencial para a democracia. “Nos Estados Unidos e na Europa, todos os partidos se conversam. Aqui parece que se você aparece em uma foto, já está comprometido com uma chapa. Democracia é conversa. E vamos continuar conversando”, reforçou.

Ele ainda destacou que o PSD tem ligações históricas com seu grupo político. “O deputado Gilmar Fabris, por exemplo, que é nosso aliado, é secretário-geral do PSD. Temos muitas conexões, mas isso não significa que estejamos discutindo 2026. Essa sucessão será tratada em 2026”, completou.

O encontro com tom festivo reuniu diversas lideranças de diferentes legendas e ganhou repercussão por reunir nomes de campos políticos opostos, como os irmãos Campos — tradicionalmente ligados ao governador Mauro Mendes (União) — e o ministro Carlos Fávaro, principal nome do campo de esquerda na disputa ao Senado em Mato Grosso e oposição ao chefe do Executivo.

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