Após o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), apresentar nas redes sociais um novo modal de transporte chamado ART (Autonomous Rail Transit), como alternativa ao BRT (Bus Rapid Transit), o governador Mauro Mendes (União) afirmou à imprensa, na manhã desta quinta-feira (7), que outras alternativas de transporte para a capital já estão sendo estudadas pelo Governo do Estado há dois anos.
A diferença, segundo o governador, é que o Estado trabalha de forma silenciosa e só apresentará a alternativa após a conclusão dos estudos técnicos.
“Tem dois anos que o Governo está analisando qual é a melhor alternativa. A diferença é que o Governo de Mato Grosso trabalha de forma diferente: silenciosa, técnica, para ter algo consistente e, então, apresentar à sociedade”, disse Mauro Mendes.
O governador ressaltou ainda que aceita qualquer contribuição ou sugestão, mas deixou claro que não irá antecipar nenhum anúncio por enquanto.
“Qualquer palpite, qualquer contribuição, qualquer sugestão, a gente ouve. Elas são naturais e sempre bem-vindas, mas o Governo de Mato Grosso não antecipa aquilo que ainda está na área técnica sendo estudado”, afirmou.
“Quando tivermos a conclusão desse estudo, qual será a solução, vamos apresentar ao público, justificar, fundamentar e implementar”, completou.
Não é a primeira vez que Abilio apresenta uma alternativa ao BRT, cujas obras estão em andamento desde 2024. No mês passado, o prefeito chegou a defender a troca do modal pelo Bonde Urbano Digital (BUD), recentemente implantado em Curitiba (PR).
Quanto ao BUD, Mauro Mendes informou que o transporte também está entre as alternativas estudadas pelo Governo e que o vice-governador Otaviano Pivetta e o secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, já foram a Curitiba conhecer o modal e mantêm contato com empresas sobre o assunto há alguns meses. No entanto, reforçou que “o Governo de Mato Grosso não antecipa decisões que ainda estão na área de estudo”.
Questionado se a população teria que enfrentar novas obras caso haja alteração no modal a ser implantado, como ocorreu quando houve a troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo BRT, Mauro Mendes destacou que qualquer decisão estará alinhada à infraestrutura já em construção.
O governador esclareceu que não pretende repetir erros do passado, quando a gestão do ex-governador Silval Barbosa iniciou as obras do VLT em razão da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, com Cuiabá como uma das sedes. A obra nunca foi concluída, e os vagões do VLT acabaram sendo vendidos apenas em 2024, mais de dez anos depois.
“Não vamos cometer o mesmo erro que cometeram com o VLT. Comprou-se primeiro os móveis, depois foi construída a casa. Nós não vamos fazer isso. Vamos continuar as obras e, obviamente, qualquer alternativa que venhamos a implementar estará tecnicamente alinhada com o tipo de infraestrutura que está sendo construída”, concluiu.



