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Terça-feira, 12 de Agosto de 2025, 13h:45 - A | A

PREMIAÇÃO POLÊMICA EM VG!

Trabalhador da base foi ignorado no “Prêmio Saúde”!

Prêmio Saúde em Várzea Grande: Saúde é coletiva e não um troféu para poucos

xomanonews

Em 12 de agosto de 2025, a Câmara Municipal de Várzea Grande aprovou o controverso “Prêmio Saúde”. A iniciativa, no entanto, gerou revolta entre os servidores da saúde — e não é por acaso. O projeto deixou fora do benefício Enfermeiros e técnicos de enfermagem além de profissionais técnicos de apoio e administrativos — justamente aqueles que, muitas vezes, executam o dia a dia dos serviços essenciais —, premiando apenas médicos, odontólogos, os parlamentares aprovaram uma emenda que incluiu fisioterapeutas, assistentes sociais, farmacêuticos, psicólogos e nutricionistas e cargos de confiança comissionados, deixando de fora cargos de apoio.

A revolta se espalhou pelos corredores das unidades de atendimento como um grito de indignação silenciosa. Um vereador tentou corrigir o erro e apresentar uma emenda para incluir enfermeiros e técnicos, mas foi derrotado. Para muitos, foi como criar um “prêmio cozinha” e entregar apenas aos chefs, enquanto quem lava a louça fica de fora, olhando pela janela. 

É legítimo questionar: saúde é um sistema composto por multiplicidade de atores, e não um palco para o protagonismo de poucos. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes técnicos de apoio financeiro, administrativo, segurança patrimonial ou serviços gerais são quem garantem que a máquina funcione também. A exclusão dessas categorias reforça a velha divisão hierárquica que insiste em invisibilizar aqueles que, todos os dias, vestem a camisa do município — e trabalham em silêncio com seus salários defasados sem valorização.

O mais irônico é que a secretária de Saúde, Deisi Bocalon, é enfermeira por formação — e ainda assim o projeto não contemplou sua própria categoria.

O posicionamento da Câmara, com o silêncio dos que poderiam corrigir o problema, soa como um recado claro: o que interessa não é reconhecer todos os profissionais da engrenagem — mas premiar apenas quem está no volante, enquanto o resto do motor fica esquecido.

Em Várzea Grande, a saúde clama por reconhecimento coletivo — e por justiça de fato. Se a política pública se limita a valorizar apenas certo seleto grupo, corre-se o risco de desvalorizar o essencial: a força invisível e indispensável de uma equipe inteira.

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