Durante entrevista à imprensa nesta terça-feira,20, o vereador por Cuiabá, Ilde Taques (PSB), voltou a tecer duras críticas à empresa CS Mobi, responsável pela gestão do estacionamento rotativo na capital mato-grossense.
O parlamentar classificou o contrato firmado na gestão anterior como um verdadeiro “presente de grego” para a população cuiabana, especialmente os permissionários e feirantes que atuam na região central da cidade.
Segundo Ilde, o contrato concedeu à CS Mobi o controle dos estacionamentos rotativos sob a promessa de construção do novo Mercado Municipal Miguel Sutil.
No entanto, o vereador denuncia que o prédio não será cedido gratuitamente aos comerciantes, que deverão pagar para utilizá-lo. “Eles vão ganhar também em cima disso”, acusou.
Além de questionar o modelo de concessão, o vereador destacou abusos cometidos contra os usuários.
Multas estariam sendo aplicadas com rigidez excessiva, mesmo em situações em que os motoristas não tiveram culpa, como pequenos atrasos em consultas médicas.
“Quantos idosos não sabem mexer no aplicativo? Eles acham que pagaram e, quando voltam, encontram a multa”, afirmou.
Taques revelou que seu gabinete tem sido procurado por diversos cidadãos que relatam terem recebido multas injustamente, inclusive após efetuarem corretamente o pagamento pelo tempo de uso do estacionamento.
Ele reforçou que a população está sendo penalizada indevidamente e cobrou uma revisão imediata do sistema.
Sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta na Câmara Municipal para apurar possíveis irregularidades no contrato com a CS Mobi, o vereador lamentou não ter sido incluído como membro, mas garantiu que continuará fiscalizando de forma independente.
“Espero que essa CPI não termine em pizza”, alertou, dizendo confiar na condução do presidente da comissão, vereador Ranalli.
As denúncias apresentadas por Ilde Taques devem ser incluídas na investigação em curso.
A expectativa é de que o relatório final da CPI traga à luz os reais termos do contrato e identifique eventuais responsáveis por irregularidades na concessão do estacionamento rotativo em Cuiabá.