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Sábado, 02 de Agosto de 2025, 15h:25 - A | A

NA TERRA INDÍGENA SARARÉ

Confronto entre garimpeiros ilegais e IBAMA deixa caminhões incendiados e um morto; assista

Durante operação na Terra Indígena Sararé, agentes do Ibama e da Polícia Civil foram atacados por garimpeiros ilegais. Um suspeito foi baleado e vídeos mostram destruição

Da Redação

O cenário de devastação do garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, na região de Pontes e Lacerda (a cerca de 500 km de Cuiabá) e ganhou contornos de violência extrema nesta sexta-feira (1º). O dia foi marcado por um confronto entre fiscais do Ibama, policiais e garimpeiros resultou na morte de um homem e na destruição completa de caminhões usados na atividade criminosa.

Imagens feitas após a operação mostram os veículos em chamas, transformando a paisagem do garimpo em área do Cerrado, em destroços fumegantes. 

A operação, que faz parte de uma ofensiva nacional contra a mineração ilegal em terras indígenas, visava reprimir a atividade criminosa em um dos territórios mais afetados do país. 

Durante a fiscalização, equipes do Ibama e policiais civis de Goiás tentaram abordar veículos suspeitos. Foi nesse momento que uma caminhonete avançou perigosamente contra a equipe, provocando a reação dos agentes.  

Durante o confronto, um dos ocupantes do veículo foi atingido por um disparo de arma de fogo. Embora a vítima tenha sido reanimada por bombeiros e levada ao hospital, ela não resistiu aos ferimentos e morreu. A Polícia Civil de Mato Grosso investiga as circunstâncias da morte.

A vítima, sem identificação, não portava documentos.   A destruição dos caminhões foi parte da estratégia de fiscalização para descapitalizar os grupos criminosos.

A Terra Indígena Sararé, habitada pelo povo Nambiquara, já teve cerca de 2 mil hectares devastados pela busca ilegal por ouro, uma atividade que, segundo as autoridades, é impulsionada por organizações armadas e violentas.  

Desde 2023, o Ibama intensificou as ações na região, apreendendo e destruindo centenas de escavadeiras e equipamentos pesados. A atuação de grupos armados no território tem tornado o trabalho de fiscalização cada vez mais perigoso, com agentes atuando sob ordens judiciais e protocolos rígidos de segurança. As investigações sobre o confronto e a autoria do disparo continuam.

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