O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou que a terceirização da gestão hospitalar é o caminho mais eficiente para garantir qualidade nos serviços de saúde prestados à população mato-grossense. Segundo ele, o Estado tem dificuldades estruturais para administrar diretamente unidades de saúde e deve se concentrar na contratualização de serviços e na fiscalização rigorosa dos contratos.
“Estamos publicando editais para terceirizar a gestão hospitalar porque a gestão pública não consegue administrar bem esses serviços. Temos dificuldade de fazer. E vamos contratualizar os serviços, que é isso que o governo pode fazer de melhor: comprar os serviços para que quem necessite seja atendido o mais rápido possível”, declarou.
De acordo com Pivetta, o modelo de cogestão ou terceirização permitirá ao Estado alcançar melhores resultados e maior eficiência.
“O Estado pode ser mais eficiente se contratualizar serviços e fiscalizar contratos do que tocar unidades nas quais não temos controle total. Mais do que tocar unidades que não temos controle total e depende das pessoas que estão tocando. Nós sabemos que o Estado não é um bom patrão. Infelizmente, para algumas atividades é melhor, em nome do povo, a gente comprar do que tentar fazer”, declarou durante ida a Água Boa para debater a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico).
O Estado já definiu pela contratação do Albert Einstein para administrar o Hospital Central e também tem lançado editais para contratação de Organizações Social de Saúde (OSS) para gerir os hospitais regionais. Em maior, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) publicou um edital de chamamento público para que entidades sem fins lucrativos qualificadas previamente como Organização Social de Saúde (OSS) em Mato Grosso apresentem propostas para firmar um contrato de gestão para gerenciamento dos serviços de saúde do Hospital Regional Doutor Antônio Fontes de Cáceres e seu anexo I.
O que chama atenção é que Mato Grosso não teve uma boa experiência com a contratação de OSS, mas a atual gestão alega que se trata de um novo modelo de contrato e aponta que dos 40 melhores hospitais públicos do Brasil, 34 são administrados por OSS, de acordo com dados do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross) em parceria com a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), Instituto Ética Saúde (IES) e a Organização Nacional de Acreditação (ONA).