O vice-prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PL), disse que o ex-prefeito Kalil Baracat (MDB) deixou uma “bomba de efeito retardado” no Departamento de Água e Esgoto (DAE) do município. Ao lado da prefeita Flávia Moretti (PL), ele criticou o material usado para interligar as Estações de Tratamento de Água (ETAs) e disse que isso se tornou o principal gargalo da atual gestão.
Segundo Tião, embora Kalil tenha entregue novas estações, a rede foi feita com canos de baixa qualidade, o que gerou consequências apenas meses depois, com uma série de vazamentos e falhas na distribuição. “Hoje tem catalogado 1.400 vazamentos. Está muito claro que o que foi colocado nessas adutoras são produtos de péssima qualidade”, disse Tião da Zaeli na manhã desta segunda-feira (21), durante a apresentação de um balanço de seis meses de gestão.
“Isso se chama uma bomba de efeito retardado. Nós estamos com sérios problemas em toda a distribuição. Hoje tem água suficiente, mas as redes não se interligam”, completou.
De acordo com Zaeli, a principal meta desta gestão, em relação à água, é fazer novos investimentos para que, até dezembro, o serviço de abastecimento de água apresente melhores resultados em Várzea Grande.
“Nós vamos dar um grande salto até dezembro com relação à qualidade da água”, afirmou o vice-prefeito.
Dentre os investimentos estão canos novos e de qualidade para as adutoras, responsáveis pela interligação das ETAs, a fim de eliminar o problema dos vazamentos.
“Se você aumenta a pressão da água para chegar nos bairros mais distantes, os canos estouram. Se você não põe pressão, não chega água. Se põe pressão estoura”, destacou.
Além disso, a gestão quer investir em bombas de água, pois segundo informado pela prefeita Flávia Moretti, as bombas do município são sucateadas e apresentam defeito com frequência, levando até uma semana para consertá-las.
Outro investimento prometido por Tião da Zaeli e Flávia Moretti, são as instalações de hidrômetros, já que muitos imóveis ainda não os possuem.
“Esses três são os três principais problemas”, ressaltou Zaeli.
A estimativa é que esses investimentos custem cerca de R$ 30 milhões e o recurso deverá vir de emendas parlamentar ou através de um projeto apresentado pela gestão ao Governo do Estado.
“Nosso projeto ficou pronto na sexta-feira e agora vamos atrás de um recurso. Vai melhorar muito”, disse o vice-prefeito.
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